A cidade de Curaçá viveu um momento especial que ficará na memória afetiva e musical de quem participou, no último sábado (18/06), da 1ª Serenata Recordar e Viver
Fonte: Sibelle Fonseca/ Portal Preto no Branco
As ruas da cidade foram tomadas pela musicalidade dos seresteiros e seresteiras da cidade e convidados de várias partes da região.
Resgatando uma tradição cultural tão marcante na história de Curaçá, o evento reuniu a velha guarda e jovens músicos que primam por uma música de qualidade.
A festa começou logo cedo com a chegada dos músicos visitantes. Boêmios, compositores, tocadores, poetas de todas as idades presentearam a cultural Curaçá com clássicos do cancioneiro de serestas e canções de um dos homenageados, “Meu Mano”, compositor curaçaense dono de uma obra rica e que orgulha toda a região do São Francisco.
Ruas centenárias, prédios históricos e o casario da cidade, formaram um cenário inspirador, que teve a lua como testemunha.
Os seresteiros saíram do Clube de Mães para o palco montado na Praça São Benedito, onde aconteceram as homenagens a “Meu Mano” e Zé Raul, uma lenda viva da cultura de Curaçá, que participou ativamente da festa.
Os dois expoentes da música curaçaense, foram reverenciados por violões e vozes dos seresteiros que se revezam nas canções de “Meu Mano” e clássicos das serestas que marcaram época.
Do palco, os músicos, formando uma orquestra de excelente sinfonia e em completa sintonia, visitaram dez casas que abriram portas e corações para abrigar o romantismo dos seresteiros.
“Eu estou muito feliz e emocionado com o resgate desta tradição que vi quando era ainda menino e que aos poucos foi desaparecendo, para tristeza de todos nós, curaçaenses. Os organizadores estão de parabéns e esse evento, tão sonhado pelo povo de Curaçá, deve voltar a fazer parte da vida cultural de nossa gente”, declarou Roberto Aquino, filho de uma das famílias mais tradicionais de Curaçá.
A primeira Serenata Recordar e Viver teve como “maestro” um curaçaense de coração, Plauto Oliveira, também um seresteiro, que sonhou com a realização do evento e, contando com ajuda de amigos, familiares e apoiadores culturais, presentou a cidade que o adotou como filho com uma noite muito especial e que deverá marcar o calendário de festas de Curaçá.
“Há muito tempo vínhamos alimentando esse sonho de devolver a Curaçá uma tradição tão forte, que faz parte da sua identidade e história. Foram meses organizando tudo com muito carinho, para que esta noite fosse assim tão mágica e especial. Quero agradecer a todos aqueles que acreditaram e apoiaram este sonho, que se transformou em realidade e já entrou para o calendário de eventos da cidade. Foi um sucesso e para as próximas edições vamos melhorar ainda mais”, afirmou Plauto Oliveira.
Uma noite inesquecível! Essa é a expressão que define a 1ª Serenata Recordar e Viver de Curaçá, mais que um resgate cultural, uma confirmação de que a boa música está bem viva e tem defensores de alma forte, entusiasmada, poética e muito romântica. Ainda bem! Aplausos!