Fonte: G1 / Edição: Renato Souza
O “Jornal Nacional”, telejornal da “TV Globo”, passou a adotar câmeras movimentadas por robôs, substituindo seres humanos, na noite desta segunda-feira (19). Em um novo estúdio, envolvido pela tecnologia mais moderna disponível no planeta, o telejornal brasileiro se torna o primeiro no mundo a integrar homem e máquina, com processos importantes sendo realizados por robôs, em auxílio aos apresentadores. O estúdio tem duas câmeras operadas por braços robóticos, como os utilizados na indústria automotiva, adaptados e que se movimentam em nove eixos. Suas trajetórias são pré-fixadas ou guiadas por sensores que seguem o movimento dos apresentadores. Também há uma câmera de trilho de chão, que se desloca acompanhando a curva do cenário, e outra de trilho aéreo, que dá uma visão ampla de toda a redação. Atrás da bancada dos apresentadores há um vidro de 15 metros em curva, desenvolvido exclusivamente para o cenário do Jornal Nacional, que dá uma perfeita visão da redação em funcionamento. O vidro é revestido por uma película que escurece sincronizada a nove projetores a laser para permitir imagens de excelente qualidade. No fundo da redação, uma tela de LED retrátil – com 16 metros de largura, três de altura e cerca de três toneladas – dá um efeito 3D os recursos gráficos do estúdio. As artes projetadas podem ser vistas de diferentes perspectivas, segundo o movimento das câmeras. A nova redação dobrou de tamanho e passou a ter 1.370 m², ocupados por 189 postos de trabalho, 18 ilhas de edição, três de pós-produção, duas cabines de locução e salas de reuniões. O projeto é o primeiro deste tipo adotado em todo o planeta. Especialistas apontam que a integração com robôs será cada vez mais presente na industria, seja ela automotiva, de produção ou da informação. Um estudo da Universidade de Oxford aponta que de 702 profissões catalogadas, metade podem desaparecer pelo avanço da tecnologia e do uso de androides. No ano passado, o número de robôs industriais vendidos no mundo atingiu um recorde de 179 mil, de acordo com a Federação Internacional de Robótica.
Foto: Divulgação/TV Globo/Twitter