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Parlamentares receberam R$ 130 milhões em propina do frigorífico J&F





Última atualização 11/12/2018, às 20:13

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Entre os investigados, estão o senador Aécio Neves e o deputado Paulinho da Força, que teriam recebido dinheiro de origem ilícita da J&F

 

 

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os parlamentares investigados pela Operação Ross, deflagrada nesta terça-feira (11/12), pela Polícia Federal, receberam R$ 130 milhões em propina, repassados pela J&F. Policiais cumprem desde cedo, mandados de busca e apreensão na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e dos deputados Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA). Os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) também são investigados, mas não são alvos de buscas.
Informações obtidas pela reportagem indicam que Aécio teria solicitado propina em pelo menos quatro ocasiões. De acordo com o MPF, em contrapartida aos repasses ilegais, ele oferecia vantagens em um eventual governo, já que na época concorria à Presidência. “Em troca dos recursos financeiros, o senador teria prometido favorecimentos em um eventual governo presidencial ( 2015 a 2018) além de influência junto ao governo estadual de Minas Gerais, neste caso, com o objetivo de viabilizar a restituição de créditos tributários”, diz um trecho da nota do órgão.
A operação se baseia em informações prestadas por delatores da empresa de carnes. Ao todo, 200 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) e realizam 48 intimações para oitivas. As ações estão sendo realizadas no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá.
Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende Aécio, disse que o parlamentar está à disposição da Justiça e negou o recebimento de recursos de origem ilícita. “O senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários que mostrarão a absoluta correção de todos os seus atos. É preciso que se esclareça que os recursos referidos pelos delatores da JBS agora como propina são as contribuições eleitorais feitas à campanha do PSDB em 2014 e devidamente registradas na Justiça Eleitoral”, prossegue.
Fonte: Renato Souza

 




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