A aproximação de Levi Rodrigues Dias com seu primo Enilson Marcelo Rodrigues da Silva, nas últimas semanas, vem causando dissabores entre seus aliados políticos. De um lado está Levi, velho cacique, cansado de seus embates políticos e de tanto desgaste na sua imagem pública. Por outro lado está Enilson, o pós-sucessor da herança política entre Dias e Rodrigues que faz uma gestão populista dividida entre promessas e acertos de campanha.
A dinastia
Apesar de fazerem parte da mesma família, Levi havia rompido relações com os Rodrigues, desde a época em que inseriu outro primo seu na política, Alessandro (irmão de Enilson) em 2004.
Após eleito, Alessandro se desentendeu com o primo Levi e permaneceu no poder até 2012. Neste ano Levi volta ao cenário para brigar com o primo, ao lançar a esposa Delaneide como candidata.
Nas eleições de 2016, Alessandro retorna ao público para lançar a candidatura do irmão Enilson. Levi por sua vez, trava o combate para reeleger a esposa, mas perde para Enilson.
Levi chegou a afirmar em palanque que excluía da sua vida o tipo de parentesco com seus primos.
26 anos de poder
Levi, inicialmente, foi eleito prefeito de Campo Alegre de Lourdes em 1988, e seu ciclo familiar quase completa 30 anos à frente da prefeitura municipal. A exceção foi a tomada do poder em 1992, por seu opositor, Lauro Sidelbino (popularmente conhecido como Sindé) que governou o município entre 1993 a 1996.
Levi retorna ao poder em 1997, e consegue mandato consecutivo até 2004. Neste último ano, ele apresenta à população seu sucessor e primo Alessandro Dias Rodrigues ( Irmão de Enilson) que foi prefeito entre os anos de 2005 a 2012.
Em 2013 Levi coloca sua esposa, Delaneide Borges Dias, à frente do poder municipal. Ela foi prefeita entre 2013 a 2016.
Nas eleições de 2016 os cidadãos campoalegrenses elegeram Enilson para o mandato de 2017 a 2020.
Divergências políticas?
Desde o ano de 1989 Levi é figura central na política de Campo Alegre de Lourdes.
Entre idas e vindas, ele conseguiu adeptos à sua forma de governar, mas também perdeu aliados. Apesar das brigas políticas com seus primos (Alessandro e Enilson) o tempo agora indica uma possível harmonia entre os Rodrigues. Essa família governa o município por quase três décadas, basicamente metade do tempo de emancipação política de Campo Alegre de Lourdes.
Diante desse cenário, será que os primos mantêm essa união até as eleições de 2020?
Nesse passa ou repassa, e alternância de poder, a população campoalegrense vive à mercê dos Rodrigues.
Até quando?
Até enquanto o povo quiser…se tem 30 anos no poder é porque a população está gostando…esse novo ano de 2020 vamos tirar a prova, espero que os BOSON honrem as calças que veste e se candidate…e aí veremos realmente se os Rodrigues estão 30 anos no poder por falta de opção ou se realmente são os melhores para Campo Alegre de Lourdes…a hora é essa família dos BONZAO…