Da redação
Queridos ouvintes, bom dia!!!
A todos vocês sintonizados na Rádio Serra da Capivara, recebam o nosso carinhoso abraço!
Hoje em nosso programa, vamos refletir sobre estratégias no jogo político em Campo Alegre de Lourdes;
A exatamente um ano das próximas eleições municipais, em Campo Alegre, já se pode perceber a montagem do cenário: de um lado a maquiagem da máquina pública para transparecer tudo ótimo em benefício da população; inicia-se o ensaio do saco de cimento, da quantidade de bloco ou da caixa d’água.
Do outro lado, as principais figuras circulam numa espécie de dança das cadeiras em busca do poder ou em troca de alguns privilégios. O que for mais forte, além de ocupar seu lugar, leva consigo um punhado de seguidores. Esses, atônitos no jogo do xadrez, apontam para o próximo passo.
No centro dos dois lados está uma população de aproximadamente 30 mil habitantes, e cerca de 15 mil votantes.
Cada voto vale o caráter de cada cidadão, e seria a única arma para desmontar esse jogo que se repete a cada quatro anos. Porém, o povo de Campo Alegre de Lourdes é um povo carente, sedento, perseguido. Às vezes, não tem forças para mover sua decisão e pronunciar sua própria opinião. A razão para tudo isso é um município isolado do resto do país. Um município que carrega em suas costas a cruz do abandono e do descaso. Talvez o único município do estado da Bahia sem estrada pavimentada. Mas é também uma Cidade sem lei, onde o poder não emana do povo, mas da jogatina política, pois não existe sequer uma Comarca.
Campo Alegre de Lourdes tem em suas costas o ranço político do coronelismo, do toma lá da cá.
Já se passaram 53 anos de emancipação política. A história do povo não muda.
O círculo vicioso que se encena em cada período eleitoral reflete à realidade do lugar.
Qual a saída para tudo isso?
Haverá uma solução?
Quanto tempo mais haverá de jogatinas e pactos políticos?
Como diria o cantor Zé Geraldo, quanto tempo mais, o homem vai comprar da sociedade o seu papel?
Até quando, o seu voto vai ser trocado pelo saco de cimento ou pela quantidade de blocos?
Diante de tudo isso, o que vai ficar para futuras gerações?