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Crônica: Quebram-se as correntes do medo!





Última atualização 21/06/2016, às 16:45

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Será o prenúncio do fim de um modelo arcaico de governar?

 

Da redação

A imagem acima ilustra bem o descontentamento de um povo que está cansado de sofrer e de carregar as armaduras de um sistema velho, coronelista e maquiavélico.

Salários atrasados, benefícios cortados, atendimento na saúde pública resumido a longas horas de espera para se conseguir uma receita médica quando não se padece no último suspiro de vida.

Essa é a realidade do município de Campo Alegre de Lourdes. Os fatos se sucedem numa sequência sem precedentes em toda a história.

Serviços públicos sucateados, a ausência de produtos da agricultura familiar nas escolas, a malandragem das licitações montadas, a nomeação e desvios de função no exercício de órgão público para particular, a permanência de servidores e de salários fantasmas, a maquiagem de quadras, escolas e de algumas pedras de calçamento só para dizer que está em movimento, mas por outro lado, a família coronelista alimenta o caixa 2 para a nova corrida do ouro.

CORRENTE- 900 X600

Mas, tudo isso só tem fundamento pela existência das velhas correntes do medo.

Medo de falar, medo de protestar, só para manter um mísero salário. Mas é preciso, pois do contrário, como manter o pão na mesa?

São 53 anos de individualismo absoluto. Como libertar-se dessa corrente?

Enquanto houver o pensamento somente em si, sempre haverá a teia dos fios da barba do velho coronel.

É o jogo da conivência, do favor político e de tantos políticos canalhas que assolam os cofres públicos e deixam a cidade acorrentada pelo saco de cimento ou pela ordem de um benefício ilusório.

O que dizer de uma cidade sem estrada pavimentada, sem água ou sem uma Comarca?

Tantos assaltos à mão armada em plena luz do dia e tantos outros na calada da noite, fazem de Campo Alegre uma cidade insegura.

O único Banco da cidade também está acorrentado, limitado a um atendimento precário.

A alternativa para serviços bancários como também para atendimento médico é recorrer até a cidade mais próxima.

Quebram-se as correntes do medo!

Alguns estudantes, por coincidência, esbarram-se em tais correntes e rompem, abrem passagem para o novo.

Será que a cidade amanheceu acordada, e se cansou de tanta perseguição?

Pelas barbas do velho coronel, cada fio branco insinua uma nova corrida pelo ouro nos próximos meses.

Os agiotas, e alguns empresários mantêm o alerta de suas duplicatas atrasadas e rezam para serem quitadas de modo a abrir crédito para a nova campanha.

Enquanto isso, o povo de Campo Alegre, filho de Lourdes, debulha o terço em suas novenas, e espera dias melhores.

Em sua infinita bondade, na hospitalidade e acolhimento afetuoso desenha-se as portas do novo tempo.

A chave da transformação, da mudança, e da libertação, está nas mãos de cada cidadão.

Façam valer seus direitos e nenhum outro fará não!

Quebram, quebrem as correntes do medo!

Libertem-se dessa prisão e abram as janelas para o novo amanhecer!




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