Será o prenúncio do fim de um modelo arcaico de governar?
Da redação
A imagem acima ilustra bem o descontentamento de um povo que está cansado de sofrer e de carregar as armaduras de um sistema velho, coronelista e maquiavélico.
Salários atrasados, benefícios cortados, atendimento na saúde pública resumido a longas horas de espera para se conseguir uma receita médica quando não se padece no último suspiro de vida.
Essa é a realidade do município de Campo Alegre de Lourdes. Os fatos se sucedem numa sequência sem precedentes em toda a história.
Serviços públicos sucateados, a ausência de produtos da agricultura familiar nas escolas, a malandragem das licitações montadas, a nomeação e desvios de função no exercício de órgão público para particular, a permanência de servidores e de salários fantasmas, a maquiagem de quadras, escolas e de algumas pedras de calçamento só para dizer que está em movimento, mas por outro lado, a família coronelista alimenta o caixa 2 para a nova corrida do ouro.
Mas, tudo isso só tem fundamento pela existência das velhas correntes do medo.
Medo de falar, medo de protestar, só para manter um mísero salário. Mas é preciso, pois do contrário, como manter o pão na mesa?
São 53 anos de individualismo absoluto. Como libertar-se dessa corrente?
Enquanto houver o pensamento somente em si, sempre haverá a teia dos fios da barba do velho coronel.
É o jogo da conivência, do favor político e de tantos políticos canalhas que assolam os cofres públicos e deixam a cidade acorrentada pelo saco de cimento ou pela ordem de um benefício ilusório.
O que dizer de uma cidade sem estrada pavimentada, sem água ou sem uma Comarca?
Tantos assaltos à mão armada em plena luz do dia e tantos outros na calada da noite, fazem de Campo Alegre uma cidade insegura.
O único Banco da cidade também está acorrentado, limitado a um atendimento precário.
A alternativa para serviços bancários como também para atendimento médico é recorrer até a cidade mais próxima.
Quebram-se as correntes do medo!
Alguns estudantes, por coincidência, esbarram-se em tais correntes e rompem, abrem passagem para o novo.
Será que a cidade amanheceu acordada, e se cansou de tanta perseguição?
Pelas barbas do velho coronel, cada fio branco insinua uma nova corrida pelo ouro nos próximos meses.
Os agiotas, e alguns empresários mantêm o alerta de suas duplicatas atrasadas e rezam para serem quitadas de modo a abrir crédito para a nova campanha.
Enquanto isso, o povo de Campo Alegre, filho de Lourdes, debulha o terço em suas novenas, e espera dias melhores.
Em sua infinita bondade, na hospitalidade e acolhimento afetuoso desenha-se as portas do novo tempo.
A chave da transformação, da mudança, e da libertação, está nas mãos de cada cidadão.
Façam valer seus direitos e nenhum outro fará não!
Quebram, quebrem as correntes do medo!
Libertem-se dessa prisão e abram as janelas para o novo amanhecer!