“Hoje quando o banco abre às 9h, algumas pessoas conseguem tirar o dinheiro, outras não. Só vai ter dinheiro novamente às 13hs. Eu acho isso uma imoralidade!”, desabafou o aposentado que mora no interior do município.
Da redação
A única agência bancária de Campo Alegre de Lourdes, Banco do Brasil, funciona de forma limitada e vem causando transtornos aos moradores. O atendimento de pessoal é precário, e as máquinas de autoatendimento ficam ligadas somente de segunda a sexta-feira no horário das 9h às 16h. Ou seja, quem precisar usar o serviço eletrônico após às 16h ou aos sábados e domingos ficará impossibilitado.
Outro detalhe, é que a praça André Folha e a praça José Paes Landim, que dão acesso a agência, estão há mais de um ano acorrentadas.
As correntes e barricadas foram impostas pela administração da agência bancária à prefeitura como forma de inibir novos assaltos.
Moradores reclamam:
“Hoje quando o banco abre às 9h, algumas pessoas conseguem tirar o dinheiro, outras não. Só vai ter dinheiro novamente às 13hs. Eu acho isso uma imoralidade!”, desabafou o aposentado que mora no interior do município.
“O Banco funciona da seguinte forma: Eles pegam o dinheiro do comércio, põe no autoatendimento, e quando acaba vai atrás novamente. Isso não se pode chamar de banco!”, Djalma (Presidente do sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias).
“O banco é roubado, e os correntistas pagam o preço se tornando reféns de um péssimo atendimento, sem falar da inoperância dos funcionários, a começar pelo gerente!”, Alex Epaminondas (Fotógrafo da cidade).
“Eu acredito que as coisas só melhoram quando tem concorrência. Nós não temos concorrência de outro banco, para melhorar os serviços e o atendimento. Essas coisas tão desastrosas que acontecem em nossa cidade, não acontecem em Remanso, São Raimundo Nonato, onde tem uma variedade de bancos”, Osvaldo (professor municipal).
A saga
Os aposentados chegam ao banco por volta das 7h da manhã e ficam aguardando até às 14h para conseguirem sacar seus benefícios. Os principais problemas são: Lotação das filas, máquinas sem dinheiro e outras vezes, encontram-se quebradas.
A alternativa para quem pode, é a de se deslocar até a cidade mais próxima, no caso São Raimundo Nonato-PI. Outros aposentados pagam uma certa taxa para mensageiros sacarem seus proventos na cidade vizinha.
Alguns correntistas se queixam sobre a demora quando vão renovar uma senha no atendimento pessoal.
Outros usuários reclamam das cadeiras que ficam próximas do atendente. Para eles a falta de uma divisória causa insegurança e desconforto, pois ficam sem privacidade na hora de efetuar algum tipo de operação bancária.
Algumas pessoas com necessidades especiais sofrem muito quando têm de ser conduzidas ao passar pelas correntes que separam o Banco da avenida principal.
Observa-se com certa frequência em Campo Alegre de Lourdes que, determinada pessoa faz o serviço bancário de vários comerciantes ao mesmo tempo. Como consequência a fila fica parada e o transtorno para quem está à espera é muito grande.
Há mais de um mês entramos em contato com o gerente da agência em Campo Alegre de Lourdes e também com a superintendência em Juazeiro-BA, e apresentamos as questões acima citadas. Até o momento não obtivemos nenhum retorno.
Enquanto isso a população sofre a falta de um atendimento digno.
A quem recorrer?
A cidade está à deriva e parece não existir outra forma de sobreviver, a não ser suportar o peso dessa cruz. Esta é a saga e a chaga do morador campoalegrense.